Semana do Meio Ambiente e Cerveja Artesanal
Esta semana comemora-se a semana do Meio Ambiente, com ações em quase todo o Planeta. A data foi escolhida devido a primeira Conferências das Nações Unidas sobre o Ambiente Ambiente Humano, em Estocolmo, que começou no dia 5 de junho de 1972.
Desde então, várias outras cúpulas foram realizadas, como a Rio92, ou Cúpula da Terra, a assinatura do Protocólo de Kioto (1997), cheganto atualmente à Conferencia das Partes, ou confencia das Mudanças Climáticas, já na COP20, assinado por mais de 190 países, mais ainda não implementado. Veja Acordos Globais dobre o Clima.
Mas e nós, cervejeir@s, o que estamos fazendo pelo nosso Meio Ambiente?
Em primeiro lugar, já é uma vitória cada um fazendo sua própria cerveja artesanal. Isso já deixa de gerar uma série de contaminantes, como o uso de soda cáustica e cloro, muito usado no setor de limpeza de garrafas nas industrias e um dos principais contaminantes de nossos afluentes. Epa, mas se você usa esses produtos, cuidado. O outro é que estamos fazendo um bem para nós mesmo, deixando de ingerir conservantes e sal, fazendo um bem para nosso coração e para mente.
Em segundo lugar vem o tratamento de nossos Efluentes
Os efluentes são os resíduos líquidos resultante dos diversos processos. E na cerveja artesanal não é pouco. São cerca de 6 litros de água para cada litro de cerveja. Se produzirmos 100 litros de cerveja, é mais de meia tonelada de água. Não é pouca coisa. Existem diversas formas de tratarmos esses efluentes, vou enumerar algumas.
- A primeira, é que guardar em bombonas ou caixa d'água a maior parte dos efluentes para uso posterior. Uma bombona de 200L não custa R$ 100,00. Um valor pequeno comparado aos outros equipamentos cervejeiros.
- A segunda é regar as plantas. Procure fazer cerveja em locais que tenha um jardim.
- A terceira é, além de recuperar a água, usar a própria energia do resfriamento do mosto da cerveja para Aquecimento de Água da Casa, como já acontece na Confraria D-roj Plezuro. Veja o artigo completo clicando aqui.
- A quarta é usar a água para lavar roupas. A água quente ajuda na limpeza das roupas, diminuindo o uso de sabões. Assim você colabora em dobro com o meio ambiente, diminuindo o uso de detergentes.
Reutilizando as garrafas
Uma dos maiores fontes de poluição nas cervejarias, como dissemos, é a limpeza de garrafas, qum vem muitos sujas. Passando duas ou três águas nas garrafas e chacoalhando bem, mesmo um dia após esvaziadas, evita-se formação de fungos, mosquitos, baratas, ratos, mal cheiros e ainda você colabora com o Meio Ambiente. Na Plezuro aceitamos a troca por garrafas limpas. Esse processo pode ser feito duas ou três vezes. Após isso, deve-se usar um solução de cloro e água (uma colher para 1L de água) e deixar de molho. Após, fazer a sanitização.
Recuperando o bagaço do malte da cevada
Assim como a água, existem várias formas de tratar o bagaço do malte de cevada.
A maioria joga direto no lixo. Fazendo isso estamos contribuindo para a propagação de insetos, como baratas e mosquitos, e dos roedores.
A bagaço pode ser usado como ração de animais, como galinhas, patos, vacas, cabritos, porocos, etc. Infelizmente quem está na cidade tem dificuldade para o transporte.
Outro destino é a produção de adubo. Se você produz pouco, uma composteira pequena resolve o problema. O método dos três baldes é simples produz o chorume, ótimo para plantas e o adubo. Veja abaixo que ainda aproveitamos os baldes velhos usados na maturação.
Em menor escala está no uso do bagaço para fazer pães. Porém, é mais difícil consumir todo bagaço, uma vez que a utilização é menor que 10%.
A recuperação do bagaço poderia ser um assunto a ser tratado pelos cervejeiros caseiros da cidade. Se nos unirmos, podemos até ganhar com esse bagaço, guardando em baldes e levando o resíduo de todos, uma vez por semana, para um destino apropriado e tratado.
Distribuição e Transporte e Bicicleta
No ponto da distribuição, o cervejeiro caseira leva vantagem, pois produzimos para beber no local. No máximo levar para alguma festa no bairro ou próximo.
Entretanto, é muito comum hoje vermos os carros sendo usados para vender de tudo. Mas, felizmente, está em alta o uso da bicicleta para a venda de tudo. E porque não usá-la para vender cerveja? Existem ótimos modelos nacionais, além das cargueiras, que podem ser usadas para transportar e vender a cerveja artesanal.
Em Vitória são feitas entregas pela Pedivela, com bicicletas com porta-malas maiores do que alguns carros populares. Aqui deixo a dica para começarmos esse novo negócio sustentável com cerveja artesanal. E não é novidade, já existe em outros estados e países.
Foto pública: Facebook
Ai vem algum legalista dizer: vender cerveja artesanal não pode. Para isso podemos fazer uma analogia. Se a maior parte dos impostos são desviados pela corrupção, pagando impostos somos também co-responsáveis.
Fortaleça novas possibilidades de comércio local, sem poluição, artesanalmente, contribuindo para nosso Meio Ambiente.
Tosto (um Brinde!)
Rene